Sexta feira passada fui assistir a um lindo filme: "Marley e Eu", baseado no best seller de John Grogan, que conta a história real da família Grogan e seu cãozinho bagunceiro, o lindo e inesquecível Marley. Já havia lido o livro, e o filme, assim como o primeiro, me marcou demais! Não precisa nem dizer que é imperdível para pessoas que, assim como eu, vêem no cão muito mais do que um simples animal, mas um companheiro pra toda a vida! E ainda para aqueles nem tão apaixonados pelos cãezinhos... É um filme muito bem feito, gostoso de assistir e muito, muito emocionante!! Transmite a emoção real daqueles que têm a alegria de ter esse amigo incrivelmente fiel a seu lado.
Aqui em casa temos a alegria de ter a Biguinha, cachorrinha linda! Na verdade, minha irmãzinha mais nova e mimada por toda a família... Costumamos dizer que ela toma conta de tudo e de todos! E que, enquanto eu e a Rê nos esforçamos para passar um pouco de boa educação a ela, minha mãe a "deseduca" descaradamente, dando, por exemplo, tudo de comer que ela gosta!! É a típica cachorrinha estranha: gosta de comer de tudo, em especial a nossa comida, aaaaama latir para todos os vizinhos que passam na porta, estranha o carteiro, o segurança do prédio, o entregador de pizza e todos os outros que não conhece, mooorre de medo de sair pra passear no meio da rua, arranha o sofá e fica toda "descabelada", e quando vai andar de carro, corre direto pra baixo do banco do motorista... Mas ainda não perdi as esperanças de um dia vê-la linda, andando ao meu lado no banco de passageiro, como fazem as cachorrinhas de madame. Mas, pensando bem, aí não seria mais a Biguinha , né? Estranha assim, só ela!!!
E a Biguinha participa de tudo. Vai em todos os passeios de família possíveis, ouve todas as conversas de casa, compartilha o almoço, o jantar, o café da manhã, passeia no meio do jornal, no meio do chão que está sendo lavado, dorme em cima do sofá, em cima da cama, em cima da cesta de revista, chora e esguela com nossa partida de casa e chora e esguela novamente com nossa chegada (mesmo que tenhamos ido apenas deixar o lixo no cesto da rua), tenta nos morder quando mexemos com ela e ela está dormindo, comendo ou apenas em um daqueles dias não tão felizes, faz xixi no tapete quando batemos na porta, faz xixi no tapete da cozinha, faz xixi no lugar em que der na telha dela... Enfim, a Biguinha é sim uma cachorrinha muito feliz!! Essa sim sabe viver intensamente.
E como todos os cães, "só falta falar", porque sentir eu sei que ela sente tudo... Sabe quando estamos tristes, compartilha de nossas alegrias, não guarda mágoas dos tapinhas que damos de vez em quando para fazer ela parar de latir, e está sempre lá, nos esperando... Como todos os cães, vivem nos esperando e nos dando um amor verdeiramente incondicional!! A Biguinha é hoje parte essencial da família e torna nossos dias muito mais felizes! E como agradeço a Deus por tê-la em nossas vidas...
Cães como Marley, como a Lulyzinha, como a Biguinha e como todos os outros... Cães que tornam a vida mais colorida, que nos ensinam coisas tão lindas e importantes, como fazer de nossa simples presença o presente mais belo... Cães que nos acompanham e alegram até o nosso dia mais cinza e que, exatamente por isso, quando se vão, deixam um vazio inexplicável... Que possamos amá-los de fato, retribuindo pelo menos a metade do sentimento tão verdadeiro que nos transmitem...
Cãezinhos são para toda a vida... E como diz John Grogan " Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele."
"Minha princesinha em plena noite de sono... Acordada de repente por uma das 'mumus' queridas..."
"Família reunida e a Biguinha dooooida pra ir embora!!"
"Tô feliz! Tô de férias!"
Inclusive foi esse um dos motivos das críticas ao filme: falta de história, de explicação! Mas cá pra nós, desde quando serial killer precisa de motivos claros e justos para fazer crueldade e terror psicológico com alguém? Desde quando isso, gente? Então tá. Outra coisa bacana é o clima sombrio do filme. Ele se passa quase todo durante a noite, em um lugar desertaço, com um bando de assassinos usando umas máscaras bizarras e aterrorizando a vida do casal bacaninha do filme. De fato não há muita ação, muitas cenas de envolvimento cara a cara (ou melhor, cara e máscara) entre mocinhos e bandidos. É muito mais o clima de "o que vai acontecer? " do que "tá acontecendo de fato!". É muito mais "ai, o mascarado tá vindo" do que "aiai, o mascarado já veio".
